quinta-feira, novembro 16, 2006

O que os olhos não veem

Naquele ramo da roseira,
um botão, depois uma flor,
uma borboleta na flor pousou,
um passarinho na flor pousou,
era um beija-flor todo azul,
suas penas brilhavam,
os raios do sol faiscava em suas penas.
Olhei aquela cena,
e perdi-me no tempo,pensei:
como pode nesse mundo ter coisas tão belas,
que ás vezes passam despercebidas
diante dos nossos olhos.
Corremos muito com nossos afazeres do dia-a-dia,
e esquecemos de olhar em volta
as coisas belas da vida,
o desabrochar de uma flor,
o sorriso de uma criança
brincando em um jardim,
um casal de idosos passeando
de mãos dadas,
tem coisa mais poético
do que aqueles rostos
marcados pelo tempo,
tem algo mais poético,
toda uma vida juntos,
a maneira de criar os filhos.
Construíram uma vida inteira
de altos e baixo
e ainda estão juntos,
e são capazes de sorrir e ser feliz.
Na vida, o amor teria
que ser duradouro,
os amores de hoje
não duram mais que três meses,
se duram um ano já é muito.
Tudo isso acontece
porque as pessoas
só pensam em ganhar dinheiro
para sobreviverem,
esquecem o romance
e vivem automaticamente,
roboticamente,
como máquinas de manobras,
sem vida.
Só pensam, ou melhor, não pensam.
E a poesia do amor onde fica,
de que adianta construir auto-destruindo.
glorinhasm

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